Saturday, May 5, 2018

ELEVADOR ROSA


13h32. Hoje estou mais aliviado. Ainda bem. Já dou a opinião de Seu Raimundo quase como perdida. O plano de saúde só se ligar de novo. Ou se decidiram por me enviar um boleto pelo correio, sabe-se lá. O mundo não mudou de ontem para hoje. Recebi os e-mails da incrível revisora e da minha amiga do ateliê de pintura de bonecos, ambas as notícias foram boas e me deixaram contente. Preciso só convencer minha mãe a fazer logo o pagamento à minha amiga revisora para ficar ainda mais completamente tranquilo. Acho que me excedi mandando o e-mail para Seu Raimundo, mas o que está feito, está feito. Já conto com a revisão da incrível revisora que era, antes da possibilidade de Seu Raimundo, com tudo o que contava e provavelmente é com tudo que continuarei contando. O que está de bom tamanho para mim. Mas uma esperança ainda resiste em relação ao velho escritor. Minha Asuka na moto ficará fantástica como tudo que a Yeti Art produz. Hoje é sexta-feira e há possibilidade de saída. Não que eu esteja animado para isso, mas posso me forçar a ir. A vontade que tenho é não deixar o meu quarto-ilha. E isso é triste, mas já é um treino caso a obra seja produzida. Vamos ver qual vai ser reação da minha amiga revisora quando de posse de toda a verdade. Quando chegar até o fim.

14h09. Liguei para o plano de saúde e descobri que eles não produzem nenhum documento que sirva de comprovante de residência. Me foi sugerido que fosse a um banco pleitear isso. Irei na semana que vem, visto que hoje é sexta e estou com preguiça de ir. Então vou na segunda. Pode ser que ainda consiga mandar para o concurso, uma janelinha de esperança se abriu. Não que vá ganhar o concurso, o importante é participar. Até porque a minha amiga revisora já disse que há sugestões de edição em relação ao texto, e está apenas no começo, suponho. Nossa, como queria receber resposta de Seu Raimundo. Será que porque publiquei no blog que consegui falar com ele, outras pessoas tentaram mandar e-mail com obras para ele? Tomara que não.

14h28. Talvez tenha saída hoje. Para o Central, aniversário de um membro da turma. Me parece interessante. Por mais que não queira sair de casa, faria esse movimento para ir. Dá várias gatinhas lá. Quem sabe a mágica não aconteça? Hahaha. A quem estou querendo enganar? Mas, se for, levarei uma caneta para, quem sabe, mandar algum torpedo. Se é pela escrita que me exprimo melhor, ela pode ser a minha arma. Hahaha. Coisa mais antiquada, torpedo. Talvez aí resida o seu charme ou o meu charme. Hahaha. Realmente é muita viagem da minha cabeça. Às vezes penso que estou de fato em mania. Mas não vejo sintomas disso, como falar demais ou psicomotricidade exacerbada. Fiquei ansioso ontem, bateu uma crise disso, mas hoje está tranquilo. Mandei um e-mail que não devia? Mandei. Não posso pressionar um grande escritor a me dar respostas, mas fiz essa pressão para diminuir a minha ansiedade. Agora estou mais relaxado, mesmo que ele não me responda mais. Aliás, acho que é exatamente o que vai fazer. Queria só um e-mail de resposta. Mesmo que dissesse que não vai mais ler. Ou que está uma porcaria. Qualquer coisa. Em verdade, guardo uma esperança de que ele goste do material. Seria a glória para mim. Vou fumar um cigarro.

14h53. Me peguei pensando no Central com certa animação. Me lembrei também do elevador rosa. Exato, elevador rosa. Literalmente. O nosso elevador social, para evitar degradação, visto que é novo, foi recém-instalado, enquanto fazem a substituição do de serviço, foi revestido de tapumes cor de rosa o que o torna um ambiente bastante peculiar. Obviamente tirei uma foto para mostrar para vocês.


É verde, é rosa, ai, abre alas para a Mangueira passar. Hahaha.



14h56. Estou abismado que o meu post, mesmo sem ser divulgado já conte com 12 visualizações. Não sei qual foi a mágica que se deu, pois o título não é chamativo e o texto é praticamente todo voltado à ansiedade de não receber respostas dos e-mails que mandei. Três dos quatro foram resolvidos ou estão em processo de. Só falta mesmo Seu Raimundo. Mas se a minha amiga revisora achar que o texto vale a pena, para mim está de bom tamanho. Embora quisesse muito, muito, uma resposta com orientações dele. Seria o melhor presente que poderia ganhar. Repassaria as informações para a minha amiga revisora para ela fazer o que lhe convier fazer. Da última vez ele me respondeu por volta das 16h00. Será que responderá de novo, o e-mail desesperado que o enviei ontem? Ah, sabe de uma coisa, está entregue, que o destino tome o rumo que achar válido. O que tenho já está de bom tamanho. Espero que a minha amiga revisora não fique com preconceito de mim após ler o livro todo. Tomara mais ainda que ela transforme os meus textos em algo mais próximo de literatura. Se eu publicar, mandarei para todos os veículos que puder. Digo, se for uma produção independente. Se for por uma editora, acho que ela cuida disso. Meu sonho é passar na Livraria Cultura e ver lá o meu livro exposto. Aí eu diria, cheguei lá. Ou antes ainda se recebesse uma crítica favorável de Seu Raimundo. Eita, Seu Raimundo, se o senhor soubesse o quanto eu penso e preciso do seu feedback. Como sou ingrato. Já tive três dos e-mails solucionados e não me dou por satisfeito. Arre, é muita pretensão. Mas Seu Raimundo se mostrou tão prestativo. Não sei se o meu e-mail repleto de ansiedade melou tudo. Não tenho como “desenviá-lo”. Nem vou mandar outro dizendo que ele releve. Seria pior ainda. Deixa a coisa como está e se porventura ele vier a responder, respondeu. Se não, não. Não há mais nada que eu possa fazer. E esse não ter mais nada a fazer me dá um alívio de qualquer ansiedade que me acometia. Esgotadas as possibilidades, relaxo. Mas enquanto isso não se dá, nossa, a ansiedade me acomete. O texto de ontem reflete bem isso.

15h29. Meu primo-irmão confirmou que ia para o Central e que eu poderia aparecer na casa dele por volta das 22h00. É o que farei se minha mãe assim consentir, o que acredito que acontecerá. Não pretendo fazer mais nada no final de semana depois disso. Uma saída semanal me basta. Estou com vontade de dormir, mas não vou. Vou esquentar o café frio de ontem no micro-ondas para ver se me reanimo. O Central dá altas gatas. Pelo menos da última vez que fui, achei isso. Faz tempo, viu? Fui à cozinha e mecanicamente pus gelo no copo, só no meio do ato lembrei do café, então peguei outro copo de Coca mesmo, que está acabando para a minha infelicidade.

15h40. Apareceu o Homem de Ferro que tanto queria, pelo precinho que acho justo, no eBay. Mas não vou arrematá-lo porque é um boneco a mais para trazer dos EUA. Estou fora. Prefiro que pintem os meus kits, ou que guarde para a Harley Quinn ou qualquer outro que me encante mais. Queria falar de bonecos, mas acho demasiado chato para esse blog. É uma oportunidade única de pegar o Homem de Ferro, mas resistirei. Já tenho bonecos demais da conta. Se fosse eleger um só para ficar? Claro que seria o Hulk, não tem nem o que pensar. Ele é meu companheirão. Minha aquisição mais cara e a menina dos olhos da minha coleção. Mas disse que não falaria de bonecos. Aí, quando paro de pensar neles – e de olhar para o Hulk – me lembro de Seu Raimundo. Era melhor não ter achado o seu e-mail e recebido resposta de que leria com prazer a minha obra. Havia deixado a aba do leilão do Homem de Ferro aberta, mas para que? Então a fechei para eliminar qualquer possibilidade de cair em tentação. É passado, foi, finito. Será que a líder vai para o Central hoje? Tudo indica que sim. Deve ter deixado o pequeno com os avós. Desde que se tornou mãe, nunca mais a vi. Como queria uma resposta do escritor. Posso tentar mandar para outros, mas me sentiria traindo Seu Raimundo. Será que ele tem um assessor para gerenciar sua persona cibernética? Olhe onde a especulação chega. Que ridículo. Não vou morrer se não receber resposta, mas poderia ser uma que mudasse a minha vida. Que, mesmo sem publicar, já fizesse o meu trabalho parecer válido. Ou, muito pelo contrário, que me desestimulasse completamente. Eu queria muito o aval dele. Seria como um selo de qualidade para o meu texto, um selo de excelência. Mas duvido que da altura da sua escrita veja valor numa coisa construída de forma coloquial, prosaica e vazia. Queria pelo menos que prendesse a atenção do leitor.

16h11. Recebi uma mensagem agora e não sei se acredite. Não, não foi de Seu Raimundo. De qualquer forma estou de mãos atadas e nada posso fazer para ajudar o meu amigo em suposta necessidade. A história está muito estranha. A verdade é que acho que ele está sem dinheiro e quer arrumar comigo com uma história mirabolante. Ou pode ser verdade. Só uma coisa foi uma inverdade, a parte em que tenta jogar a culpa para mim. Bom, não tenho como ajudá-lo de qualquer forma.

16h22. Coloquei o resto do café frio requentado do micro-ondas. Não está a melhor coisa do mundo, mas é café. Ainda atordoado com a mensagem, mas não há nada que possa fazer. Ele ficará com raiva de mim, é a vida. Espero que não tenha recaído na pedra. Bom, não vou matutar muito sobre isso. Fato é que não tenho meios de ajudá-lo.

16h36. Ele se acalmou mais, fui bem honesto e assertivo. A melhor forma de lidar com o mundo. Embora nem sempre consiga. Mudemos de assunto. Talvez encontre com o meu amigo da piscina amanhã. Espero que seja um encontro legal. Geralmente é. Mas me focando no hoje, há o Central, que já me dá um frio no estômago. Não posso ir para lá todo fechado como um caramujo que entra dentro da casca. Tenho que ser mais aberto, muito mais aberto. E pedir que mamãe corte os pelos da minha barba que já entram na minha boca. O que é incômodo e um impeditivo para um hipotético beijo.

17h25. Mamãe tentou fazer o pagamento da minha amiga revisora e não conseguiu. Que saco. Ainda terei que ir com ela ao supermercado. Mas sairei hoje para o Central, talvez seja bom. E, no supermercado posso comprar guloseimas que me agradem. Minha amiga não responde. Bem, quando ela se comunicar pode ser que dê para fazer a transferência hoje. Não sei, pois os bancos já fecharam, mas pelo menos fazer hoje para que se dê na segunda. É algo a mais para pensar, supermercado, pagamento da incrível revisora, Central. Mas Seu Raimundo paira no fundo da minha mente. Ô pensamentozinho persistente. Mas não me dou por satisfeito sem o aval ou a condenação dele. Não devia nunca ter tido essa ideia de procurar pelo contato dele na internet. Que saco. A ignorância às vezes é uma bênção de fato. Acho que eu sou o cliente mais chato da minha amiga revisora, não paro de encher o saco dela todo santo dia, ela já deve estar saturada de mim. Mas também quando pagar a primeira parcela, eu relaxo.

18h56. Voltamos do supermercado, foi rápido, ainda bem. Agora o meu foco é na saída para o Central. Confesso que não estou com vontade nenhuma de ir e isso é muito chato. Ainda bem que ainda tenho três horas para me preparar. É sempre assim que as saídas se dão comigo, sempre uma apreensão prévia em relação ao programa. Minha mãe me desconcentra. Falou dos cigarros e o assunto ficou ecoando na minha cabeça e criando pernas, cheguei a pensar se terei cigarros para ceder ao meu amigo da piscina amanhã. Espero que sim. Se ele estiver disposto a descer amanhã. Pode estar amuado comigo porque disse que tinha um aniversário para ir e não poderia ir para a piscina. Mamãe guarda as compras e dentro em breve vai à piscina para uma reunião de condomínio, onde o candidato a novo síndico apresentará suas propostas. Será um encontro regado a vinho e salgadinhos. Bem diferente dos demais síndicos que já pleitearam a vaga. Espero que seja uma espécie de aprazível confraternização e que minha mãe tenha bons momentos lá. E que esse síndico ganhe, eu é que não teria coragem de ficar nessa berlinda na frente de moradores conhecidos do condomínio. O que devem falar e falam mal de síndico pelas costas não está no gibi. Deu me livre.

19h18. Estou tomado por um sentimento ruim. Não sei de onde veio nem qual é a causa. Um desconforto na alma como se houvesse algo terrivelmente errado com a minha vida. Não sei aferir o que é, a primeira coisa que pipoca na minha cabeça é o livro. Mas ele pipocaria em qualquer situação, pois é o assunto principal da minha vida hoje. Talvez seja o fato de levar a vida a escrever, talvez seja o receio de encontrar pessoas. Sinceramente não sei.

19h26. Será que a história do meu livro é uma história que merece ser contada? Eu sinceramente não sou a pessoa mais indicada para avaliar isso. É uma história peculiar, eu creio. Mas não sei se os personagens têm profundidade psicológica, nem sei se isso é necessário. Poderia ter descrito tudo com ainda mais detalhes, coisas que me lembro e que tratei superficialmente, não dei conteúdo, mas o livro ficaria ainda mais enorme. Está entregue, está nas mãos da incrível revisora. Se ela me pedir para elucidar determinado trecho, se lembrar e puder, faço. Minha mãe gosta de solenidades, eu odeio solenidades. Não iria nunca para uma reunião de condomínio. Para falar a verdade não tenho vontade de sair do meu quarto-ilha. Nem para ir ao Central. Estou de baixo-astral. Vamos ver se isso melhora em pouco mais de duas horas, mas acho que sim, quando me aprontar descer e pegar o Uber, quando a coisa se tornar mais concreta eu me animo mais. A incrível revisora ainda não deu sinal de vida. Mas isso já era esperado. Eu tenho que botar na cabeça que existe final de semana, eu não penso muito sobre o acontecimento, pois meus dias são muito semelhantes independentemente de que dia da semana seja. Aos poucos vou perdendo a sensação de final de semana. A diferença do final de semana é a possibilidade de sair para o mundão. Coisa que não faço durante a semana porque simplesmente não sinto vontade. É, eu sou um sujeito estranho. Cada vez mais. E me sinto confortável com isso. Bem, há um desconforto, mas a acomodação é muito maior. Qual seria o desconforto? Que estou gastando a minha vida à toa escrevendo essas asneiras quando podia estar experimentando o mundo. Mas experimentar o mundo geralmente envolve algum dinheiro, coisa da qual não disponho em geral. Obviamente minha mãe deixou dinheiro para a saída de hoje, mas durante a semana é extremamente raro eu estar de posse do vil metal. Mas caso o livro saia, esta vida caseira vai ser a minha vida mesmo, por razão da exclusão social com a perda da maior parte dos meus amigos. Um dos dias que mais gosto é a segunda, pois é dia de terapia. É um momento bom. Só não acho que ela vá achar válido eu revelar um detalhe chave do livro. Por isso calarei sobre isso. Ela me fará questionar as perdas sociais que terei. E já tenho isso bem pesado. E o peso é enorme. Só não é maior porque passo a maior parte da minha vida enfurnado escrevendo. Quase não tenho contato com ninguém, mas ficarei socialmente estigmatizado. Tenho convicção disso. Só queria que a minha obra fosse única em algum aspecto. Queria deixar a minha marca na literatura, o que não vai ser o caso. Talvez como escritor maldito. Hahaha. Ao menos isso. Hahaha. Mas vou além e me terão por uma pessoa maldita. Pois se há uma coisa que farão é me maldizer. Aí talvez seja até uma alternativa ir morar nos EUA com o meu irmão mesmo. Como se minha obra fosse ter essa abrangência, atingir tantas pessoas. Provavelmente acabarei publicando 50 exemplares e me queimarei apenas com os meus amigos. O que é o mais terrível. Me queimar com desconhecidos pouco se me dá. Mas com pessoas que conheço é sem dúvida a parte mais difícil. Ou quem sabe nem publique. Seu Raimundo poderia jogar uma luz sobre a pertinência do livro. Ou ele mesmo ficou tão indignado com o conteúdo – e consequentemente comigo – que não quer nem se dar ao trabalho de me responder. Ou talvez responda para me insultar. Sei lá. Posso estar fazendo tempestade em copo d’água. Mas acho que o buraco é um pouco mais embaixo.

20h27. Se eu fosse uma mariposa não teria dilemas existenciais. E ainda poderia voar. Mas eu sou um cara que quer publicar um livro que não deveria publicar. E vivo esse dilema entre o querer e o não dever. Coloquei as engrenagens para girar. Só quero que mamãe veja o livro uma vez publicado, quando não haverá volta. Eu não queria que o meu padrasto lesse. Eu não queria que nenhum conhecido lesse. Talvez se lançar com um pseudônimo. Sei lá. Não sei se é possível lançar na surdina. Tenho que meditar muito sobre o assunto e conversar com a minha amiga revisora acerca da viabilidade da obra. Poucos foram os que se expuseram mais que eu. Pelo menos tenho esse diferencial. Talvez esteja criando tempestade em copo d’água. Tomara. A hora do programa se aproxima. De 21h30 começo a me aprontar para ir. São 20h35. Uma hora ainda. Quem me dera ter uma resposta de Seu Raimundo nesse ínterim. Acho que ele não vai responder nunca. Preciso introjetar esta possibilidade. É a que se afigura como a mais real. Senão teria me respondido o e-mail de ontem. Eu, em seu lugar responderia. Mas eu sou eu e ele é ele. Não tem nada a ver o que faria com o que ele fará ou deixará de fazer. Maldita hora em que fui achar o e-mail do homem. Por que ele simplesmente não me deu nenhuma resposta? Por que me deu esperança? Que ozzy. Será que chegou a ler? Algum trecho? Sei lá e provavelmente nunca saberei. Saberei o que minha amiga revisora vai achar. E isso pode definir se eu publico ou não o conteúdo. Ela não dá notícia de vida. Espero que não desista de revisar quando a parte mais chocante se apresentar.

20h51. Nossa, passei um bom tempo matutando aqui e só sentimentos ruins rolando, só as piores expectativas. Talvez sair e ver o mundo recicle um pouco o meu repertório. A hora se aproxima para a saída. Acho estranho a minha amiga revisora não ter dado sinal de vida. Só maus pressentimentos. Vixe, texto mais chato. Só remoendo tudo o que pode dar errado com o meu projeto. Meu grande sonho número um. Talvez vire o meu maior pesadelo. Estarei eu preparado para isso? Acho que este texto vai para o Vate. Não quero minha mãe lendo isso.

20h59. Nem sei se quero alguém lendo isso. Mas talvez isso seja o grande teaser do meu livro. O trailer. Hahaha. Gerando curiosidade sobre o que de tão aberrante há no livro. Será? Vou publicar esse texto num dos meus blogs capilares, é melhor. Mais prudente. Já me pus até em bolar slogans para o livro. Hahaha. Para banners de internet. Um seria, “imoral, pervertido e absolutamente sincero. Leia.”. Ou outro seria. “Só louco para criar algo tão polêmico”. Outro seria. “Ele gostou de estar no manicômio. E você?”. Só pensei nesses até agora. Em verdade havia mais, mas se perderam, caíram da memória. 22 minutos para me arrumar.

21h11. Vou pegar o último copo de Coca antes do banho. Estou matutando aqui e tudo o que me vem são sentimentos negativos. “Ele tomou eletrochoques. Mas choque mesmo tem quem lê.” O que me lembra que preciso tratar dos eletrochoques com mais detalhe. Menciono rapidamente. Eu acho. Nem lembro. Talvez só tenha tratado deles no blog. Realmente me falha a memória.

21h21. Definitivamente não vou publicar isso no Profeta. Se minha mãe ler, vai querer ter acesso ao conteúdo do livro antes do lançamento. E isso não vai acontecer. Acho que minha amiga revisora vai desistir do trabalho. “Um livro maldito”. Poxa, achei esse o melhor slogan. Sintetiza tudo e desperta curiosidade. Queria que a revisora não desistisse e tornasse o livro mais literário, sei lá. 21h29. Preciso tomar banho. Sem saco nenhum para ir. Mas vou. Quando acabar escrevo sobre a noite, se tiver paciência.

21h43. Acho que não vou mais. Não estou com saco nenhum. E começou a chover, o local é aberto, não acho uma boa combinação. Melhor ficar em casa. “Quando a gente não quer, qualquer desculpa serve”

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15h24. Fui para o encontro e não poderia ter sido mais agradável. Gosto de sentar e conversar. E foi o que fizemos. Nada de balada, de barulho, de luzes piscando. Todos sentados conversando sobre os mais diversos temas da vida. Um que me chamou atenção foi quando tratamos de relacionamentos amorosos, o que deu pano para a manga para o meu post mais recente do meu blog principal, esse é apenas um blog que chamo de capilar, ou seja, um blog que registrei porque achei o nome interessante e que tem um link redirecionando para o Jornal do Profeta. Se você quer ver em que resultou essa conversa sobre relacionamentos acesse http://jornaldoprofeta.blogspot.com.br/2018/05/carta-garota-da-noite.html 

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